És a ilusão que me faz escrever
És a decepção que eu não precisava
És o que achei sem procurar
És a piada da qual insisto rir
Da qual só eu acho graça
És construtor de castelos de areia
És com quem gasto minha argamassa
És tolice, eu sei, mas não passa
És repetido, trivial, uva passa
Do qual insisto em achar graça
És sincero como propaganda
És tão belo como um urso panda
És esperto como um Sancho Pança
És concreto como uma fumaça
Chega, quero nem de graça.